terça-feira, 31 de maio de 2011

Cagada na estrada!

No Domingo fomos com a Maria ver o bisavô e os primos a Coruche. Depois de um belo almoço, passeámos um pouco no campo, fomos ver os cavalos e as vacas e respirar o ar puro da charneca que aquecia ao sol depois de uma grande chuvada.
A Maria estranhou um pouco a casa e o barulho, mas logo se descontraiu depois do passeio, só que com toda a agitação daquele dia não conseguiu dormir nada, comeu mal e não fez cocó, eu bem sabia que ela se ia ressentir. Depois das visitas todas lá mamou e quando estava para adormecer chegou a hora de voltarmos para Lisboa. Carrega o carro do avô, põe o carrinho de bebé, aperta os cintos, e a Maria começa a protestar... queria sossego e ainda tinha que fazer uma viagem de uma hora para poder finalmente chegar à sua casinha, tomar um bom banho e deitar-se na sua caminha que ela tanto gosta. Começaram as cólicas e ela sentada no ovo estava tão incomodada que só acalmou depois de fazer cocó em plena viagem. "Ai, Rita, não te cheira mal?" perguntava a minha mãe. Mal eu olho para o lado estava a Maria com o ar mais feliz e aliviado do mundo, toda ela rodeada de cocó. Acho que ela sorriu quando percebeu o que tinha feito! O carro do avô foi estreado com a primeira cagada da Maria em plena estrada nacional. É claro que tivemos que encostar para trocar a fralda e limpar toda aquela porcaria, enquanto a Maria gozava o prato com um sorriso na cara!
Gostava de saber o que ela pensou quando nos viu aflitos a limpar aquela trapalhada toda, deve ter pensado: "Para quê tanta agitação por causa de merda?". Era bom que pensássemos assim de vez em quando, sobretudo quando parecemos baratas tontas a andar sem direcção e por causa de quê... merda. Não vale a pena!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Dormir...

Hoje decidi escrever sobre algumas coisas úteis que me ajudaram com a Maria e que podem vir a ajudar outras mães e bebés, nomeadamente sobre dormir! Sim, porque hoje nem acreditei quando tocou o despertador... só queria voltar-me para o lado e voltar a adormecer, afinal tinha acordado duas horas antes para dar de mamar, mas era preciso acordar a Maria.
O sono de um bebé não é fácil de compreender mas salta à vista a sua importância para o seu bom crescimento e desenvolvimento. No início a Maria dormia o que queria e quando queria, de forma pouco regulada, e eu ia vivendo nos seus horários. Quando ela começou a ganhar peso e a crescer, eu comecei a ler sobre o sono do bebé e sobre como poderia regular (mais ou menos) os seus sonos sem interferir com o crescimento e a saúde da Maria. Há muitas coisas na net sobre o sono dos bebés e acho que li quase de tudo, mas devo dizer que os artigos e o livro do Dr. Mário Cordeiro ajudaram bastante e também, sem seguir à risca, o "Livro do Bebé Feliz" de Gina Ford. Este último livro tem horários muito rigorosos e demasiadas rotinas que nos impedem de fazer outras coisas com o nosso bebé, como passear, sair com amigos, jantar com a família etc, tudo com o intuito de conseguir fazer com que o bebé durma a noite toda. No entanto, acabei por utilizar alguns dos seus princípios, não para que a Maria começasse a dormir a noite toda (o que ainda não acontece) mas para eu poder ter a percepção de quando ela precisa de dormir e quando precisa de estar acordada e brincar.
A Maria dorme 3 sestas por dia (isto quando passamos o dia em casa): a sesta da manhã, a sesta da hora do almoço e a sesta da tarde. Nenhuma destas sestas poderia ter sido instituída sem uma regra de ouro: ter uma hora de deitar e acordar definidas. Pois é, apesar de estar em casa há mais de 3 meses, ponho despertador todos os dias para acordar a Maria entre as 8h00 e as 8h30, e a partir daí o dia dela e o meu começam ao mesmo tempo. No final do dia o ritual deve ser mantido o mais possível, apesar de haver excepções em algumas ocasiões especiais. Agora é a Maria que já nos lembra da hora do banho! É o momento do dia que ela gosta mais e quando começa a tardar ela começar a dar conta disso e fica rabugenta. Depois do banho (o mais tardar às 20h00) é hora de mamar e depois dormir. Também ao deitar há um ritual. Primeiro apago as luzes e depois com ela ao colo agradeço o dia e as coisas boas e peço pela nossa família, depois canto-lhe uma canção (sempre a mesma) e deito-a na sua caminha e no seu quarto. Ela suspira fundo e adormece tranquilamente... pelo menos é o que parece!
Apesar destas interferências da minha parte no sono da Maria, o que interessa é que ela acorda sempre com um sorriso rasgado e já muitos o testemunharam! É um bebé feliz e eu sou uma mãe cujo tempo fica mais fácil de gerir e, assim também, o cansaço e a boa disposição. Não sei se resulta com outros bebés, mas com a minha resultou em cheio! :D

quarta-feira, 18 de maio de 2011

3 meses

A Maria faz 3 meses hoje e pela primeira vez na vida teve febre! Lembro-me que quando ela nasceu, aquilo que mais me afligia era não perceber quando a minha filha tivesse febre. Devo dizer que foi muito fácil detectar a febre e bastou ouvi-la chorar para me aperceber logo que ela não estava nos seus dias. A Maria tinha acordado sem o sorriso habitual e com um choro muito diferente do que costumo ouvir. Quando peguei nela estava murchita, com um olhar longe e muito quente nas fontes. Lá fui buscar o termómetro e confirmava-se: a temperatura era de 37,5º debaixo do braço! Mas que bela forma de comemorar os 3 meses!!!
Três meses... é tempo para fazer um balanço e devo dizer que durante estes meses tem sido fascinante observar a evolução da Maria! É fascinante perceber-me das suas tentativas de ordenar os seus braços e pernas para se mexerem na direcção certa, de deitar a língua para fora, de desesperadamente emitir um som ou apanhar a chucha com a boca. São momentos únicos que marcam as importantes conquistas na caminhada de um bebé em direcção à sua autonomia!
Hoje posso dizer que os primeiros dias são difíceis, que a depressão pós parto existe nesses dias e que se chora sem razão, mas existem momentos ao longo dos 3 meses em que voltamos ao andar debaixo: começamos a ficar cansadas da rotina desrotinada do dia a dia de um bebé que já começa a querer brincar e socializar, que chora quando está entediado e que já não passa o dia inteiro a dormir. Continuamos a persistir, o pai começa a trabalhar e ficamos mais sozinhas. Estamos cansadas, ainda não dormimos a noite toda e tudo fazemos para não acordar quem dorme ao nosso lado e tem que trabalhar no dia seguinte. Mas nestes 3 meses o nosso bebé cresceu e como! Já se exprime, já tem gostos e desgostos, já nos reconhece ao longe, já tem manias e jeitos de uma personalidade muito vincada. Tudo isso exige muito de nós e mais não é do que o começo de uma longa caminhada cada vez mais exigente e, acima de tudo, cada vez mais gratificante!
Quando estas constatações começam a tomar conta de nós, é preciso recuperar ou melhorar um sentimento muito importante: a auto-confiança! A mãe sabe melhor do que ninguém o que tem o seu filho, é instinto e é fruto de uma aproximação única entre ela e o bebé que mais ninguém tem, ou pelo menos não devia ter. Foi isso mesmo que alguém hoje, durante a aula de ginástica, me disse: "tens que ter mais confiança em ti e deixar se ser escrava das balanças, das opiniões e das teorias. Bolas, tu é que és a mãe dela, tu sabes melhor!".
Conclusão, é claro que devemos ouvir outros sobretudo os profissionais de saúde, as outras mães, os nossos próprios pais, mas quando houver indecisão confiemos mais nos nossos instintos maternos, pois duvido que algum dia estejam errados.
Para finalizar este post não posso deixar de voltar a recomendar às mães e futuras mães o Centro Pré e Pós Parto em Entrecampos. E se estiver a custar ir à primeira aula ou ir lá para fazer inscrição pensem que vão dissipar imensas dúvidas e ganhar imensa auto-confiança. Hoje acabei por ter uma aula de ginástica pós parto parca em exercícios mas farta em partilhas. Posso não ter transpirado toxinas mas acreditem que transpirei muitos diabretes que andavam a zumbir aos meus ouvidos nos últimos dias!

domingo, 8 de maio de 2011

Cheira a mãe...

Todos nós reconhecemos o cheiro da nossa mãe. Mesmo já adultos, mesmo já fora de casa dos pais, todos nós guardamos na memória os aromas de perfumes, da pele, da almofada, do cabelo, do creme ou do champô que a nossa mãe usou ou usa.
O olfacto é talvez o sentido que nos permite avivar melhor a memória, fazendo-nos recuar em corpo e espírito a lugares, épocas e momentos que nos surgem tanto mais nítidos quanto mais intenso é o aroma que nos faz viajar pelas recordações.
Ontem tive a prova de que é desde pequeninos que começamos a desenvolver essa capacidade. De facto os bebés vão desenvolvendo os seus sentidos com o tempo, mas sem dúvida que o mais apurado de todos à nascença, é o olfacto. É através do olfacto que os bebés reconhecem o seu porto seguro.
A Maria ia ficar em casa dos meus porque nós tínhamos não 1 mas 2 casamentos! Deixámos tudo preparado: muda de roupa, fraldas, chucha, toalha para o banho, etc. mas a Maria percebeu o que se ia passar e assim que a minha mãe se preparou para a deitar ela desatou a chorar. E que choro... parecia que tinha desabado o mundo! Então tirei a minha camisa e dei-a à minha mãe para que pusesse ao pé da Maria. Foi instantâneo... o choro parou, ela acalmou e adormeceu.
Inacreditável pensei! Mas depois, vendo bem as coisas, não há nada mais natural do que isto. Afinal sempre soube bem e ainda sei qual é a almofada da minha mãe, tantas foram as vezes que durante a noite só me conseguia acalmar com ela. E por mais que me peçam para descrever o cheiro daquela almofada, nunca terei as palavras exactas para o fazer. Apenas posso dizer: "cheira a mãe", e estou certa que basta para todos percebem exactamente o que quero dizer!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Percentis, pesos e medidas!

Fomos pesar a Maria ao pediatra e o comentário de alguém que lá estava foi: "pois não engordou muito... mas grão a grão enche a galinha o papo"!
A Maria tinha vindo a engordar pouco (desde há 3 semanas para cá), mas continua com a mesma vivacidade de sempre (ou até mais), a crescer em comprimento e em esperteza, só que muito levezinha...
Após 2 meses e meio de amamentação em exclusivo o pediatra disse para começarmos a dar um suplemento, mas com muita lisura porque ela está saudável. Voltei para casa com uma lata de leite em pó e com um novo desafio pela frente: dar o biberão de suplemento sem deixar de amamentar.
Comecei a ler sobre pesos e medidas, sobre percentis e suplementos de leite adaptado, e quanto mais informação encontrava mais insegura ficava. Para além disso, as razões do pouco peso da Maria pareciam ser sobejamente conhecidas pelo senso comum de todas as pessoas e só eu é que não via. Uns diziam: "deve ser o leite que está mais fraco", outros "passa para o leite artificial de vez, ao menos tens a certeza do que ela come", outros ainda "deves dar primeiro o biberão e depois o peito". Demasiadas opiniões que em vez de acrescentarem valor apenas acrescentaram confusão na minha cabeça.
Depois os sites e os artigos científicos na internet: "é de ter em atenção que a hormona que permite a saída do leite fica inibida com o stresse", "a ansiedade da mãe transmite-se para o bebé". Ora, só de pensar que não me posso enervar faz-me logo ficar irritada!
A acrescer a tudo isto a importância dos percentis, que deve ser relativa e indicativa, mas que acaba sempre por ser um fantasma com o qual os pais não sabem lidar ao início. Aquela linha curva que combina peso e idade, na segunda página do livrinho cor-de-rosa da Maria dizia-me que ela estava no percentil 25, ou seja abaixo de percentil 50. "Bolas, será que ela só está a engordar 25% do que devia?" pensava eu.
Finalmente, a cereja no topo deste bolo recheado de dúvidas e ansiedades: hoje a Maria resolveu mostrar o seu "geniozinho" e ficou uma hora a chorar ininterruptamente porque o pai lhe estava a tentar dar o biberão. Ambos pensámos: "ela há-de ficar cansada de tanto chorar e a fome vai acabar por vencer", mas não. Acabei por lhe dar o peito e ela comeu muito bem, sem adormecer, e no final sorriu com uma expressão de vitória estampada no rosto. MARIA 1 - PAIS 0!
Não quero continuar este braço de ferro. O que interessa é que ela coma e se mantenha saudável. Se não atingir o percentil x ou y não interessa, desde que se mantenha saudável. Hão de vir os tempos em que os braços de ferro terão que persistir e para esses vou ter que me forrar de força, porque a julgar pelo dia de hoje, custa muito ganhar aos filhos, sobretudo quando sabemos que lhes custa!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Feliz dia da Mãe!

http://youtu.be/suZ4IYVLZbU

No dia de hoje faltam-me as palavras por isso deixo apenas uma oração cantada, composta por uma melodia maravilhosa, em homenagem a todas as mães e à Mãe de toda a humanidade. É só fechar os olhos e deixar-se levar.

Feliz dia da Mãe!