quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Saudades

Estou sem ver a minha filha há 2 dias. Como não tive férias, o pai foi com ela e com os avós apanhar ar do campo e eu fiquei em Lisboa a trabalhar. Até deu jeito para tratar de algumas coisas, mas sair do trabalho e constatar que não a vou ver dá-me cá um aperto... Fico com umas saudades!
Felizmente hoje já estarei ao pé dela, mesmo que só para a ver dormir, que já é um efeito calmante pois emana tranquilidade, aquela tranquilidade que em adulto é tão difícil de encontrar, mesmo durante o sono.
Estar longe da Maria é saber que uma parte de mim não está comigo, por isso custa tanto. Lembro-me dos meus pais quando estive a viver na Bélgica durante um ano... nunca dizem nada até porque sabem que nós filhos não gostamos de os ver preocupados, mas agora sinto mais na pele o aperto que eles sentiram silenciosamente durante 1 ano. E sentem quando nos deixam ir passar o primeiro fim de semana fora, o primeiro campo de férias, as saídas à noite, as viagens com os amigos e namorados e todos os programas e escolhas de vida que não passam por estar com eles. No fundo sabem que a maior parte da vida dos seus filhos será passada longe deles, o que é como viver a maior parte da nossa vida sem um bocado que nos pertence. Mas a grande verdade é os filhos não são nossos, não são nossa pertença, são dons de Deus que não podemos esconder com medo que nos tirem, pelo contrário têm que ser criados para serem dados à Vida.


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