segunda-feira, 19 de março de 2012

Papa! Papa! Papa!

Por mais que a minha mãe insistisse em ensinar a Maria a dizer mamã, penso que mais facilmente ela começou a dizer papá, não fosse o papá fonte de riso inesgotável lá em casa.
Para além de ser igual a ele, ter nascido com a orelha em bico, com os dedos dos pés e das mãos iguais aos do pai e com o mesmo narizinho arrebitado, a Maria tem uma grande semelhança em relação ao pai: gosta de rir e de fazer rir! É impressionante que com 1 ano apenas ela já faça gala em ficar à mesa a petiscar e a conversar (à maneira dela) e de puxar de uma novidade para fazer rir os presentes. Ter sentido de humor é uma grande virtude sobretudo quando permite que auto-crítica seja também ela vista com humor.
A Maria também sabe cativar, tem um olhar misterioso e profundo que primeiro tira as medidas e depois, quando ganha confiança, lança-se para a brincadeira. A Maria é dengosa, gosta de miminhos, gosta de ficar enrolada na manta e na ronha, a quem sairá?
E ver o pai e a Maria? Baba-se com ela, faz questão em esolher a roupa para as ocasiões especiais e não aceita que ela vá despenteada para a rua. Está-lhe sempre a pedir beijinhos e não se cansa de a apertar.
Durante a gravidez não é possível que o pai sinta a vida a crescer da mesma forma que sente a mãe, mas seguramente depois do nascimento tudo muda, e BUM!!! Faz-se luz. Tudo ganha sentido, tudo ganha vida, tudo ganha forma no corpo de um bebé que se vai desenvolvendo e que nos vai surpreendendo, que depende de nós para sempre. As prioridades mudam radicalmente e o centro de gravidade das nossas opções deixa de estar fixo em nós para passar a estar fixo num ser novo que nasceu.
O pai é fundamental desde o primeiro dia. O meu pai foi e é fundamental na minha vida, na construção da pessoa que sou hoje dos meus valores e da fasquia que imponho a mim própria. O Rui é fundamental para a vida da Maria.
Dou graças a Deus por não ser mãe sozinha e peço a Deus por todas as mães que têm de criar os seus filhos sem o pai porque é preciso muita força, daquela que só Deus pode dar. Dou graças a Deus por ter o Rui como pai presente na vida da minha filha e peço a Deus por todos os filhos e filhas que não têm o pai presente, que sintam sempre a presença constante do Pai do Céu.
O pai é o fio de prumo que permite ver se a casa está equilibrada, é a fortaleza onde nos refugiamos quando temos medo do que aí vem, é a primavera que nos faz rir em dias cinzentos.
Feliz dia do pai a todos os pais mas em especial ao pai da minha filha!

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