quarta-feira, 18 de maio de 2011

3 meses

A Maria faz 3 meses hoje e pela primeira vez na vida teve febre! Lembro-me que quando ela nasceu, aquilo que mais me afligia era não perceber quando a minha filha tivesse febre. Devo dizer que foi muito fácil detectar a febre e bastou ouvi-la chorar para me aperceber logo que ela não estava nos seus dias. A Maria tinha acordado sem o sorriso habitual e com um choro muito diferente do que costumo ouvir. Quando peguei nela estava murchita, com um olhar longe e muito quente nas fontes. Lá fui buscar o termómetro e confirmava-se: a temperatura era de 37,5º debaixo do braço! Mas que bela forma de comemorar os 3 meses!!!
Três meses... é tempo para fazer um balanço e devo dizer que durante estes meses tem sido fascinante observar a evolução da Maria! É fascinante perceber-me das suas tentativas de ordenar os seus braços e pernas para se mexerem na direcção certa, de deitar a língua para fora, de desesperadamente emitir um som ou apanhar a chucha com a boca. São momentos únicos que marcam as importantes conquistas na caminhada de um bebé em direcção à sua autonomia!
Hoje posso dizer que os primeiros dias são difíceis, que a depressão pós parto existe nesses dias e que se chora sem razão, mas existem momentos ao longo dos 3 meses em que voltamos ao andar debaixo: começamos a ficar cansadas da rotina desrotinada do dia a dia de um bebé que já começa a querer brincar e socializar, que chora quando está entediado e que já não passa o dia inteiro a dormir. Continuamos a persistir, o pai começa a trabalhar e ficamos mais sozinhas. Estamos cansadas, ainda não dormimos a noite toda e tudo fazemos para não acordar quem dorme ao nosso lado e tem que trabalhar no dia seguinte. Mas nestes 3 meses o nosso bebé cresceu e como! Já se exprime, já tem gostos e desgostos, já nos reconhece ao longe, já tem manias e jeitos de uma personalidade muito vincada. Tudo isso exige muito de nós e mais não é do que o começo de uma longa caminhada cada vez mais exigente e, acima de tudo, cada vez mais gratificante!
Quando estas constatações começam a tomar conta de nós, é preciso recuperar ou melhorar um sentimento muito importante: a auto-confiança! A mãe sabe melhor do que ninguém o que tem o seu filho, é instinto e é fruto de uma aproximação única entre ela e o bebé que mais ninguém tem, ou pelo menos não devia ter. Foi isso mesmo que alguém hoje, durante a aula de ginástica, me disse: "tens que ter mais confiança em ti e deixar se ser escrava das balanças, das opiniões e das teorias. Bolas, tu é que és a mãe dela, tu sabes melhor!".
Conclusão, é claro que devemos ouvir outros sobretudo os profissionais de saúde, as outras mães, os nossos próprios pais, mas quando houver indecisão confiemos mais nos nossos instintos maternos, pois duvido que algum dia estejam errados.
Para finalizar este post não posso deixar de voltar a recomendar às mães e futuras mães o Centro Pré e Pós Parto em Entrecampos. E se estiver a custar ir à primeira aula ou ir lá para fazer inscrição pensem que vão dissipar imensas dúvidas e ganhar imensa auto-confiança. Hoje acabei por ter uma aula de ginástica pós parto parca em exercícios mas farta em partilhas. Posso não ter transpirado toxinas mas acreditem que transpirei muitos diabretes que andavam a zumbir aos meus ouvidos nos últimos dias!

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