domingo, 3 de abril de 2011

Rotinas sim, rotineira não!

Estou a ler um livro sobre criar rotinas no bebé. Parece uma tarefa impossível e ao mesmo tempo revela-se tão necessária para a nossa sanidade física e mental! Depois de um mês e meio a não dormir a noite toda, a almoçar e jantar quando calha e tomar banho naquela hora em que ela dorme, mas que varia todos os dias... chegou a hora de dizer basta! É preciso começar a criar rotinas na Maria e hábitos de sono para que ela aprenda a adormecer sozinha na sua cama sem a ajuda do embalo do colo, para que comece a ter noção do dia e da noite, e dos momentos para brincar e para comer.
Constato isto porque que todos precisamos de rotinas na nossa vida, é inevitável! Mas tambéms todos sabemos o quão monótono e cansativo elas podem ser.
Quantas vezes nos queixamos: da rotina "Casa-trabalho, trabalho-casa", das refeições programadas, do dia para ir ao supermercado, dos fins de semana preenchidos com programas em família que já não sabem a nada, até da missa de Domingo! São tudo exemplos de situações que já não conseguimos apreciar porque (achamos nós) caíram numa rotina. Depois, para combater esse desgaste ansiamos por férias, para quebrar a tão mal afamada rotina, mas todos nos lembramos dos tempos de escola em que no final das férias já sentíamos a ansiedade do regresso às aulas, aquela vontade de comprar cadernos e estojos novos, de actualizar as fotografias coladas no dossier, de saber os horários e as disciplinas... no fundo a necessidade de voltar a entrar numa rotina.
Acho mesmo que ninguém consegue viver bem durante muito tempo sem criar rotinas porque são fundamentais para a optimização do nosso tempo.
Por essa razão, não são as rotinas que tornam os nossos dias enfadonhos e sem graça. Não são as rotinas que nos desgastam e nos fazem cansar da vida que levamos. Antes, é a nossa capacidade, ou a falta dela, em tornarmos os vários momentos do nosso dia únicos e especiais. A tentação é de seguir o caminho mais fácil e tornarmo-nos pessoas rotineiras. Assim, somos muitas vezes rotineiros em várias situações da nossa vida, desde a ida para o trabalho até à missa de Domingo. O segredo, penso, está em impedir que nos tornemos rotineiros e isso só é possível com uma atitude de agradecimento constante por cada dia que nos é dado viver. Sim, porque os dias são-nos dados. Não são conquistados por nós, nem ganhos com base no mérito ou na sorte, são-nos dados! Ao ter presente esta realidade, fica muito mais fácil saborear cada momento do dia ainda que dentro da nossa rotina, e torná-lo diferente do dia anterior e do dia seguinte, porque se torna único!
Carpe Diem!

2 comentários:

  1. Olá Rita, sou a "cunhada" da Rita Orvalho, foi ela que me mandou o link do teu blog. O Afonso Maria também já está com 1mês e meio e revejo-nos nos episódios que vais descrevendo com a Maria. Quero agradecer-te porque é um alívio saber que não sou a única a ter estas dúvidas e que "as situações inesperadas" são normais.
    É uma alegria viver estes momentos únicos e experimentar tantos novos sentimentos causados por este pequenino ser tão dependente de nós e nós dele:)
    Continua a escrever essas linhas entre fraldas, banhos, brincadeiras, etc.

    Ania

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  2. Olá!
    Não sei se recebeste o meu email. Qualquer episódio menos esperado que queiras partilhar estás à vontade. Acho que a melhor forma de aprendizagem é a troca de experiências!
    Beijinho e tudo a correr bem.

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