terça-feira, 1 de março de 2011

A chegada a casa

Eis que chegou o Domingo e tive alta.

Sabia que era tempo de vir para casa com a Maria e que lá não haveria o botão vermelho para chamar a enfermeira ou a auxiliar. Em casa era só eu, o Rui e a Maria. A ansiedade começou...
E agora? O que fazer? Por onde começar?
A noite passou, com poucas horas de sono e muitas dúvidas. Nestes momentos o pai torna-se a âncora, a boia de salvação para nos agarrarmos. Assim passaram 3 dias e 3 noites. As dores limitavam-me os movimentos, e a insegurança toldava-me a capacidade de decidir. Logo percebi que como era fácil entrar num ciclo negativo de pensamentos e emoções.
Como foi importante sair de casa para ir ao pediatra, para ir a casa dos meus pais, para perceber que o mundo não fica confinado à nossa casa onde este pequeno humano se veio instalar para ficar para sempre! Como foi importante rezar e agradecer as pessoas que tenho ao meu lado! Como foi importante pensar nos exemplos que tenho, entre amigos e família, de mães solteiras, viúvas, separadas ou que pura e simplesmente não já não têm os pais ou os sogros disponíveis para ajudar.
Humildade e gratidão, foi nisso que pensei durante estes dias e continuo a pensar, para não deixar que o meu mundo já desarrumado pelo nascimento da Maria, desmorone aos meus pés.

Agora tudo flui com mais naturalidade, a confiança foi reconquistada e os dias passam mais rápido e com mais alegria! Sim, porque depois basta um olhar dela para que tudo se componha novamente.

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