terça-feira, 22 de março de 2011

Lagarta da couve

Tenho uma lagarta da couve em casa que se chama Maria! Agora que já se acha muito crescida resolve empinar-se toda e esticar as costas e o pescoço para segurar a cabeça muito direitinha e ficar a ouvir as nossas conversas. Sempre que a ponho a arrotar lá fica ela muito direita com a cabeça levantada e os olhos bem abertos, como se estivesse a perceber tudo o que está a ouvir e ainda tivesse uma palavra a dizer.
É como quando a estamos a vestir e a deitamos de barriga para baixo. Ela logo resolve levantar a cabeça e dar um ar da sua graça, como se fosse uma tartaruga que lentamente sai da casca.

Qualquer dia a lagarta da couve ganha asas e aí é que vão ser elas.

Como diz o provérbio: "Filhos criados, dobro dos cuidados". Quando crescem é que dão mais preocupações pois a vontade deles deixa de ser nossa... Ganham asas e é preciso deixar voar, mesmo com o risco de caírem.

Pode soar a clichet, mas não deixa de ser verdade, agora dou por mim a pensar muito mais no papel dos meus pais e no quão dificil deve ter sido para eles deixarem-me voar...

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