quarta-feira, 2 de março de 2011

Dúvidas e respostas

Quando nasce um bebé, em especial o primeiro, tudo é novidade e cada decisão, apesar de instintiva, é simultaneamente ponderada, e às vezes em excesso! Claro que devemos ponderar, mas devemos também confiar no nosso instinto e sobretudo devemos falar com quem já passou por isso.


Algumas situações que se passaram e que vale a pena partilhar:


AMAMENTAÇÃO: A Maria teimava em dormir mais do que comer, e nós descansados da vida. "Que bom, ela dorme tanto". "Que descanso". Mas depois de uma pesagem no pediatra rapidamente nos apercebemos que ao ritmo a que a Maria dormia e não comia, perdia peso. Era preciso acordá-la para que ela comesse e começasse a engordar. Lá se foram as três noites bem dormidas, e depois começou a luta para ela mamar. Cada boca a sua sentença. Aproximava-se a hora da mamada e eu, ansiosa que estava, acabava por transmitir o que sentia para a Maria que berrava com fome. Não vale a pena! Parámos, acalmámos, chorámos as duas e voltámos a tentar. Nesse momento valeu-me a linha SOS Amamentação. Falei com uma enfermeira que me descansou bastante e logo serenei. No dia seguinte fui ao Centro Pré e Pós Parto (onde fiz o curso de preparação para o parto) para uma consulta de amamentação com uma enfermeira, na qual vi todas as minhas dúvidas esclarecidas.

Menos uma dúvida para me atormentar o juízo, mais um dia superado!

SOLUÇOS/CHUCHA/CÓLICAS e AFINS: Durante estes primeiros dias é fundamental viver um dia de cada vez (literalmente), pois as dúvidas resolvidas rapidamente dão lugar a novas interrogações que vão surgindo para enublar o nosso pensamento.

Eis que chegou o dia de irmos ao pediatra. Logo nos primeiros 5 minutos vimos a nossa lista de questões respondidas. Dizia o médico: "Oh Ritinha isso é tudo normal. Os recém nascidos têm muitos soluços, espirram muitas vezes, fazem muitas vezes cocó que quase nunca é sólido e é quase sempre amarelo ou esverdeado. Também é normal que ponham a mão na boca pois é um reflexo do que faziam durante a gestação, mas nem sempre é sinal de fome. Deixem-nos chuchar! Eu prefiro que ponham a chucha do que permitam que ela chuche no dedo ou na mão. Por isso se já tem a amamentação implementada pode introduzir a chucha à vontade. Quanto às cólicas são normais e frequentes e passam aos 3 meses de idade, mas por mais que lhe digam que sim, não existe nenhum medicamento totalmente eficaz. Agora têm perguntas?". Nós cruzámos olhares e pensámos "Ufff, estamos a fazer tudo bem!".
Foi mais um dia superado. A Maria engordou mais um bocadinho e nós vimos a nossa autoconfiança reforçada.

Aqui deixo alguns alguns links que podem ser úteis: http://www.sosamamentacao.org.pt/

http://www.preeposparto.com/pages/homepage.php

Durante este período é muito fácil cair na armadilha da insegurança e da ansiedade e, sem darmos conta, estamos a chorar sem razão, com um fardo pesado sobre os ombros que pode ser facilmente transformado numa pluma, basta falarmos com alguém. Posso dizer que a presença constante e incondicional do meu marido ao meu lado me ajudou imenso, mas há coisas que só nós sentimos, por isso é importante falar, perguntar, chorar e não deixar que a dúvidazinha se instale no nosso pensamento e nos vá corroendo.

2 comentários:

  1. se em dias "normais" tantas vezes a insegurança vence - e não temos ninguém que dependa da nossa "firmeza" - não consigo sequer pensar como será em "dias assim"... mais que valentia é sem dúvida Confiança... e como dizes tão bem: não diexar que a dúvida se instale e ocupe demasiado espaço : "deita cá para fora";) FELICIDADES!!!

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  2. Tantas vezes partilhámos isso mesmo. Confia... Acho que vou gravar no telemóvel e pôr como som do despertador. Parece que às vezes é preciso alguém estar constantemente a dizer-nos isso!
    Thanks for passing by!
    beijo

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